quarta-feira, 30 de maio de 2007

O Papiro


Papiro: A planta sagrada

Muito da História do Egito nos foi transmitido pelos rolos de papiro encontrados nos túmulos dos nobres e faraós. Foram os egípcios que, por volta de 2200 antes de Cristo, inventaram o papiro, espécie de pergaminho e antepassado do papel.
Papiro é uma planta aquática existente no delta do Nilo. Seu talo em forma piramidal chega a ter de 5 a 6 metros de comprimento. Era considerada sagrada porque sua flor, formada por finas hastes verdes, lembra os raios do Sol, divindade máxima desse povo. O miolo do talo era transformado em papiros e a casca, bem resistente depois de seca, utilizada na confecção de cestos, camas e até barcos.






Para se fazer o papiro, corta-se o miolo do talo - que é esbranquiçado e poroso - em finas lâminas. Depois de secas em um pano, são mergulhadas em água com vinagre onde permanecem por seis dias para eliminar o açúcar. Novamente secas, as lâminas são dispostas em fileiras horizontais e verticais, umas sobre as outras. Esse material é colocado entre dois pedaços de tecido de algodão e vai para uma prensa por seis dias. Com o peso, as finas lâminas se misturam e formam um pedaço de papel amarelado, pronto para ser usado.

 

 

 

O Papiro e a Escrita:

 

Um dos fatores regionais mais importantes do Egito foi a existência nas margens do Nilo de uma planta aparentemente sem uso específico, mas que, com um pouco de tratamento (ainda que simples), se torna uma das maiores dádivas do Nilo ao Egito: o papiro.

 


O papiro

         Além dos utensílios, como velas de barcos e até móveis que se podia construir com papiro trançado, por volta de 3400, com os primeiros contatos com a escrita cuneiforme Mesopotâmica, os Egípcios desenvolvem uma idéia que tornará sua escrita mais barata e funcional do que a utilizada por seu vizinho: utilizar folhas secas de papiros para desenhar e pintar as Histórias cotidianas. Assim nasceu a escrita Egípcia e assim ela pode se difundir por todo o Egito e dele para a Fenícia, onde se tornou o antigo alfabeto fonético que, uma vez aperfeiçoado pelos Gregos, deu origem ao alfabeto Grego, que inspirou o alfabeto latino que é hoje utilizado na maior parte do mundo, sendo, portanto, o maior legado Egípcio para a posteridade. A escrita e, em especial, a escrita em papel com tinta, não em tabletes de argila, com talhadeiras.

 

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