segunda-feira, 30 de março de 2020

As antigas deusas demonizadas


Essas lutas anti-matriarcais se manifestam nos mitos
 que contam como um deus ou herói destrói ou escraviza
 uma monstro feminina (oceanos) ou um monstro masculino
 (titãs) que obedece à ordem de uma deusa (sua mãe, Gaia,
 Thétis…). Zeus mata Typhon, "o maior monstro que o 
mundo já viu" e que foi pai de Gaia para se vingar do pai
 dos deuses olímpicos. Perseu decapita Medusa, a deusa dos
 gorgonianos. Apolo subjuga o oráculo da Mãe Terra, 
a serpente Python, e o coloca em Delfos sob seu serviço.
 Esses mitos já foram forjados na gênese da Babilônia,
 que conta como o deus da luz Marduk matou Tiamat,
 a deusa monstruosa do mar, originalmente a vaca celestial
 (vacas sagradas da Índia), e fez seu corpo dividir nosso 
mundo terrestre. A arma favorita dos deuses-pais para 
derrotar as deusas-mãe é o duplo raio, chamado vajra no
 hinduísmo, a arma de Indra, ou keraunós nas mãos de
 Zeus, também representada nos escudos romanos, e que 
encontrado em todas as mitologias indo-arianas. Hoje, 
é indiscutível entre os orientalistas especializados no 
mundo antigo que os animais míticos, que são combatidos
 e derrotados pelos deuses e heróis do sexo masculino,
 simbolizam a antiga ordem social da deusa, sentida como
 monstruosa.

  https://matricien.wordpress.com/patriarcat/histoire/avenement/


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