domingo, 6 de setembro de 2009

Curiosidades sobre o gênero Iris

Á luz da mitologia grega

Iris, um dos maiores e mais conhecidos géneros da famíla na Europa e cujos membros ostentam flores de cores muito vivas (fig. 1). O género Iris foi descrito por Linnaeus em 1753. O nome deste género deriva da deusa grega Iris que transportava as mensagens do Olimpo para a Terra caminhando através de um arco-íris. Segundo a lenda, à medida que percorria o arco-íris, levava consigo pedaços dele presos à planta dos seus pés, de modo que quando caminhava na terra, de suas pegadas resultavam belas flores de todas as cores!


Curiosidades
A maior importância económica da família Iridaceae reside nas espécies ornamentais.

Em medicina utiliza-se essencialmente o lírio florentino (Iris x germanica var. florentina (L.) Dykes) cujos rizomas e óleos essenciais têm diversas aplicações, como no tratamento de feridas, abscessos, convulsões epilépticas, doenças respiratórias, pleurite, tosse, vermes intestinais, doença estomacal, disfunção da bexiga, mordida de cobra e outros.

Em perfumaria é bem conhecido o “Orris”, rizoma do lírio florentino depois de envelhecido durante cinco anos. Este rizoma é também ingrediente de muitas marcas de gin. As “poções de amor” da antiguidade incluíam “Orris” misturado com canela e outras especiarias.

Os estigmas das flores de Crocus sativus são colhidos em grandes quantidades e constituem o açafrão. Este é utilizado desde a antiguidade como especiaria, principalmente na culinária mediterrânica, de onde é originário e consumido em risotos, caldos e massas. Na Espanha, o açafrão é item essencial à paella. Actualmente é uma especiaria muito cara, pois para a preparação de apenas algumas gramas, são necessários milhares de flores da planta. De cerca de 100 mil flores obtém-se apenas 500 g de estigmas. Por este motivo, substitua-se por vezes pelo chamado açafrão-da-terra ou açafrão indiano, que tem um efeito parecido e é muito mais barato. No Brasil, o açafrão é substituído pela “Curcuma”, extraída da Curcuma longa, espécie da família do gengibre cujo sabor é muito aproximado do tempero verdadeiro, mas mais comum e, portanto, mais barata.

A Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil 1ª edição (1926) reconhece como Lírio Florentino os rizomas das espécies: Iris florentina L., Iris pallida Lam. e Iris germanica L. assim:
“Este rizoma, mondado do súber e privado das raízes, é achatado, ligeiramente arqueado, duro de cor branco-amarelada clara e mede de 10 a 15 cm de comprimento por 3 a 4 mm de diâmetro; sua ramificação é simpodial; cada artículo é atenuado na base e achatado na extremidade anterior, que apresenta uma escavação côncava. Sua face inferior apresenta numerosas cicatrizes circulares amarelo-pardas, deixadas pelo corte das raízes e sua face superior é anelada e pintalgada de pontoações dispostas em série. Sua fratura é plana e farinhosa.
Seu cheiro lembra o da violeta e seu sabor é um pouco amargo, aromático e fracamente acre.”
A espécie Iris florentina L. apresenta flores brancas ou ligeiramente azuladas, de menor porte em relação às outras espécies.
O pó de suas raízes são empregados na perfumaria desde os tempos do Antigo Egito e Grécia. Precisamente em Florença se adquiriu notoriedade no cultivo desta espécie.

Nome Científico: Iris florentina L. Sinonímia: Iris alba Savi; Iris alba florentina Bauh.; Iris albicans lange; Iris florentina Kuntze; Iris officinalis Salisb.
Denominação Homeopática: IRIS FLORENTINA.

Família Botânica: Iridaceae.

Parte Utilizada: Rizoma.

Princípios Ativos: Óleo Essencial: principalmente composto por ironas (cetonas): alfa, beta e gama, neo-alfa, isso-alfa, neo-isso-alfa, neo-beta, neo-gama; isso-gama e neo-isso-gama-irona; sesquiterpenos; ácido-mirístico; Flavonóides: irilona e irisolona; Fitosterol: beta-sitosterol; Amido; Mucilagens; Oxalato de Cálcio.

Indicações e Ação Farmacológica: Além do seu emprego na perfumaria, o Lírio Florentino é indicado nas afecções respiratórias tais como: bronquite, asma e enfisema; nos espasmos gastrintestinais e diarréias; nas estomatites e moléstias da dentição, externamente.
São apontadas as seguintes ações farmacológicas para o Lírio Florentino: demulcente, aromática, expectorante (antiinflamatória e hidratante), diurética e anti-diarréica.

Toxicidade/Contra-indicações: Em doses elevadas é um purgante drástico. Em estado fresco pode produzir gastrite e vômitos. Topicamente pode originar dermatites de contato.

Dosagem e Modo de Usar:
• Infusão: 200 mg-1g de rizomas secos, três vezes ao dia;
• Extrato Fluido (1:1): 10 gotas, uma a três vezes ao dia;
• Tintura (1:10): 15-30 gotas, uma a três vezes ao dia.
http://ervaseinsumos.blogspot.com/2009/03/lirio-florentino.html

A espécie Cipura paludosa, conhecida como alho-do-mato, alho-da-campina, alho-do-campo, cebolinha-do-campo, coqueirinho, coquinho ou ainda vareta, é utilizada como planta medicinal. Apesar de seus nomes comuns a relacionarem com o alho, esta espécie pertence às Iridaceae, nada a ver com o alho! C. paludosa é nativa das Guianas e do Brasil, onde é espontânea nos estados do Amazonas e da região Centro/Oeste até ao Rio de Janeiro. Tradicionalmente era utilizada na região ribeirinha do estado de Rondônia para combater escrófulas, gonorreia e para a regulação da menstruação. Actualmente são estudadas as propriedades dos seus compostos químicos entre os quais os alcalóides, flavonóides e terpenos.

http://www.uc.pt/herbario_digital/Flora_PT/Familias/iridaceae/


Nenhum comentário:

Postar um comentário