Essas lutas anti-matriarcais se manifestam nos mitos
que contam como um deus ou herói destrói ou escraviza
uma monstro feminina (oceanos) ou um monstro masculino
(titãs) que obedece à ordem de uma deusa (sua mãe, Gaia,
Thétis…). Zeus mata Typhon, "o maior monstro que o
mundo já viu" e que foi pai de Gaia para se vingar do pai
dos deuses olímpicos. Perseu decapita Medusa, a deusa dos
gorgonianos. Apolo subjuga o oráculo da Mãe Terra,
a serpente Python, e o coloca em Delfos sob seu serviço.
Esses mitos já foram forjados na gênese da Babilônia,
que conta como o deus da luz Marduk matou Tiamat,
a deusa monstruosa do mar, originalmente a vaca celestial
(vacas sagradas da Índia), e fez seu corpo dividir nosso
mundo terrestre. A arma favorita dos deuses-pais para
derrotar as deusas-mãe é o duplo raio, chamado vajra no
hinduísmo, a arma de Indra, ou keraunós nas mãos de
Zeus, também representada nos escudos romanos, e que
encontrado em todas as mitologias indo-arianas. Hoje,
é indiscutível entre os orientalistas especializados no
mundo antigo que os animais míticos, que são combatidos
e derrotados pelos deuses e heróis do sexo masculino,
simbolizam a antiga ordem social da deusa, sentida como
monstruosa.
https://matricien.wordpress.com/patriarcat/histoire/avenement/
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