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Já sobre o coche de ébano estrelado
Deu meio giro a Noite escura e feia;
Que profundo silêncio me rodeia
Neste deserto bosque à luz vedado!
Jaz entre a folhas Zéfiro abafado,
O Tejo adormeceu na lisa areia;
Nem o mavioso rouxinol gorgeia,
Nem pia o mocho, às trevas costumado.
Só eu velo, só eu, pedindo à Sorte
Que o fio, com que está minha alma presa
À vil matéria lânguida, me corte.
Consola-me este terror, esta tristeza,
Porque a meus olhos se afigura a Morte
No silêncio total da Natureza.
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