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A senhora Deolinda, que naceu em Portugal e emigrou ao Brasil com seis anos, é profesora de botánica e, ainda que no Brasil há àrvores fermosas e de muito interesse, ela tem sua saudade ligada às àrvores da sua infáncia.
Ela pediu-me que trrouxesse por aquí um carvalho e vou tentar ser seus olhos polas carvalheiras deste velho país da sua infáncia.
A Galiza é terra de carvalhos e carvalheiras. São àrvores sagradas, vencelhadas aos rituais e à religião pagã, prévia ao cristianismo.
Como as religiões se superpõem umhas às outras, como as capas dumha cebola, não é estranho, na Galiza, ver um carvalho centenário diante dumha igreja, ou dumha ermida de culto popular.
O carvalho, no noroeste da peninsula Ibérica, é a àrvore autótone por exceléncia. As carvalheiras forom os primeiros lugares de culto aos deuses pagãos, o mesmo que as fontes, erão das deusas femininas. Fontes milagreiras que aínda quedam, espalhadas pola nossa geografía física e cultural, onde a gente, o día da romaría da santa, lava a cara e as mãos e deixa os paninhos da mão estendidos na silveira, para curar as verrugas ou o mal de olho.
Dum tempo para cá, as carvalheiras foram substituindo-se por outras plantações de àrvores importados de fóra: pinheiros primeiro e logo, eucaliptos, umha verdadeira praga para a terra, que se enche de mato que mais tarde, com a calor do verão, arde arrassando todo ao seu passo.
Embaixo dos carvalhos, medra a erva viçosa, a sombra húmida baixo as suas copas, assim as landras, ao cairem, vão germolando e criando novos carvalhinhos para o futuro.
E olhade se a terra é teimuda que, na sua saudade polos seus filhos vegetais, não se rende e, a pouco que a deixem, polo meio dos eucaliptos australianos, agromam os carbalhinhos pequenos, retortos, pulando por sobreviver aos invasores. A terra tem memória da saudade, como dona Deolinda.
O carvalho do país, autotone da Galiza e norte de Portugal é o Quercus Robur, umha das quatro variedades de carvalhos européus.
Sou um espírito inquieto e curioso desde a mais tenra idade...Até os cinco anos cresci numa linda aldeia portuguesa com contato estreito com a natureza...os cultivares, os animais e meus pais tendo vindo para o Brasil, me desenvolvi numa cidade grande e mesmo assim esse espírito inquieto nunca me abandonou, tendo estudado Ciências da Natureza na Universidade e dado aulas de ciências por longos anos...BEM-VINDOS... .
Super interessante!
ResponderExcluirAprendi mais sobre esta árvore tão bonita; O Carvalho!
Obrigada.
bjs
De nada..
ResponderExcluirO carvalho era/é sagrado a alguns deuses...
ResponderExcluirTenho muita vontade de conhecer sua terra, meu bisavô era português. ^^
Aqui tão perto e não o sabia eu. Obrigado.
ResponderExcluirSempre a aprender.
Este blogger de minha amiga virtual galega, a Lola e vale a pena ser visitado, pois ela fala de diversas outras plantas e outros assuntos apaixonantes.
ResponderExcluirA primeira vez que retornei a Portugal tive a curiosidade de procurar ver estas plantas citadas nos livros de Wicca. Descobri um belo pé de carvalho na casa de meu primo..Vi os salgueiros , as faias..foi bem emocionante...
ResponderExcluirOs Carvalhos são árvores Místicas que chegaram a ser veneradas pelos mais ancestrais povos da Terra.
ResponderExcluirConta uma lenda antiga, que se uma pessoa dormir à sombra dum Carvalho e se sonhar, ficará mais novo pelo menos 10 anos...
Acho que o melhor que podemos fazer, é praticar o Campismo debaixo dum Carvalho e dormirmos lá umas boas sonecas, dentro duma tenda, ou mesmo ao ar livre.
Assim, ao fim dum certo tempo, estamos donde viemos antes de termos nascido.
É capaz de ser a forma de conseguir atingir a Imortalidade!
:-)
Pois é uma grande idéia!
ResponderExcluirHhhhheheheheheheheh!
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